Olá, queridos leitores... Como de costume, antecipo para vocês no sábado, a página Shopping que é publicada aos domingos no Jornal A Crítica de Campo Grande, MS. Espero que gostem! Até a próxima!
sábado, 14 de abril de 2012
As agências de publicidade, acadêmicos e profissionais da área têm compromisso agendado nos dias 19 e 20 de abril. É quando acontece o VII Encontro das Lideranças Regionais da Propaganda Brasileira, com abertura oficial no dia 19, às 19h, no Teatro Manoel de Barros. Impossível ficar de fora, é a primeira vez que o Estado recebe um evento deste porte na área. Confira: http://www.sinaproms.gov.br/.
Shopping: Antes e Depois
Muito já escrevi sobre shoppings. Afinal são 22 anos dentro de um deles. Pode-se dizer quase uma vida. E quanta coisa eu já presenciei, já detestei, já amei. Muitas me deixaram com uma sensação de impotência. Algo muito complicado em qualquer fase e momento da vida. Afinal convivemos com algo não regulamenta-do. Mas aprendi muito. Porque num shopping a velocidade da informação e a exigência da capacitação são imensas.
O que acontece no mundo aqui fora acontece igualzinho num shopping. É uma cidade. Cheia de muitas regras necessárias. Cheias de normas às vezes irritantes, onde o lojista se sente cheio de deveres e obrigações, e poucos direitos.
Mas não foi sempre assim. E não se trata de saudosismo. Porque algo que não curto é valorizar somente o passado. Ele tem sua importância e se aprende muito com ele. Mas a lei da vida é seguir em frente e isso é algo muito estimulante. O que realmente me chateia é a perda de alguns valores que vem junto com o capi-talismo desenfreado. Em nome desse sucesso se passa acima de tudo. Da ética, da moral, dos escrúpulos. Sou do tempo que dono de loja não tinha a cara de pau de entrar em sua loja na frente de todos e oferecer salário maior a funcionária. A maioria acha isso normal. Eu já acho que um lojista que faz isso não é confiável. Berço pelo menos ele não teve. E assim vai. Poderia citar uma variedade enorme nesse sentindo. Afinal é gente comendo gente. Principalmente na área de franquias. Muitas rasteiras...
Vivemos uma época ímpar. O pequeno comércio que compra das fabricas brasileiras passa momentos difíceis e isso tente a mudar para pior. Já as grandes marcas, tanto nacionais como internacionais, trabalham completamente diferente, não deixando espaço para a concorrência. Tudo é feito no Peru, na China, na Tailândia etc. Algo que uma loja feminina paga numa fábrica brasileira 40 ou até 50 reais, custa 5 dólares nesses países. Isso permite que essas marcas dizimem as pequenas. E também vão acabar liquidando com a indústria têxtil brasileira. Mas ninguém parece se importar com isso. E o governo parece estar interessado apenas em proteger fabricante de veículos e geladeiras. Todos esses fatores vêm mudando bastante o perfil dos lojistas em shoppings.
Os shoppings, é claro, cumprem o papel deles, (de inte-ressados no lucro) e dão preferência a essas grandes marcas cedendo as mesmas (sem custo) as lojas para se instalarem. Afinal isso agrega valores ao empreendimento. E os shoppings hoje estão todos na Bolsa De Valores. Antes éramos um lojista. Hoje somos um dado para se jogar na bolsa. Que vença o maior, o mais forte, o mais poderoso. Não é assim na nossa vida e principalmen-te na nossa política? Ter é poder...
Novos tempos, novos shoppings, nova forma de fazer comércio. Cada vez mais seguindo a lei competitiva do capitalismo e exigindo o máximo do empreendedor. É preciso ser de circo. Mas a moçada está vindo com garra de malabaristas, mesmo que algumas vezes se estalem no chão. Afinal a corda é fina e o tombo é grande. Não é para qualquer um.
O que acontece no mundo aqui fora acontece igualzinho num shopping. É uma cidade. Cheia de muitas regras necessárias. Cheias de normas às vezes irritantes, onde o lojista se sente cheio de deveres e obrigações, e poucos direitos.
Mas não foi sempre assim. E não se trata de saudosismo. Porque algo que não curto é valorizar somente o passado. Ele tem sua importância e se aprende muito com ele. Mas a lei da vida é seguir em frente e isso é algo muito estimulante. O que realmente me chateia é a perda de alguns valores que vem junto com o capi-talismo desenfreado. Em nome desse sucesso se passa acima de tudo. Da ética, da moral, dos escrúpulos. Sou do tempo que dono de loja não tinha a cara de pau de entrar em sua loja na frente de todos e oferecer salário maior a funcionária. A maioria acha isso normal. Eu já acho que um lojista que faz isso não é confiável. Berço pelo menos ele não teve. E assim vai. Poderia citar uma variedade enorme nesse sentindo. Afinal é gente comendo gente. Principalmente na área de franquias. Muitas rasteiras...
Vivemos uma época ímpar. O pequeno comércio que compra das fabricas brasileiras passa momentos difíceis e isso tente a mudar para pior. Já as grandes marcas, tanto nacionais como internacionais, trabalham completamente diferente, não deixando espaço para a concorrência. Tudo é feito no Peru, na China, na Tailândia etc. Algo que uma loja feminina paga numa fábrica brasileira 40 ou até 50 reais, custa 5 dólares nesses países. Isso permite que essas marcas dizimem as pequenas. E também vão acabar liquidando com a indústria têxtil brasileira. Mas ninguém parece se importar com isso. E o governo parece estar interessado apenas em proteger fabricante de veículos e geladeiras. Todos esses fatores vêm mudando bastante o perfil dos lojistas em shoppings.
Os shoppings, é claro, cumprem o papel deles, (de inte-ressados no lucro) e dão preferência a essas grandes marcas cedendo as mesmas (sem custo) as lojas para se instalarem. Afinal isso agrega valores ao empreendimento. E os shoppings hoje estão todos na Bolsa De Valores. Antes éramos um lojista. Hoje somos um dado para se jogar na bolsa. Que vença o maior, o mais forte, o mais poderoso. Não é assim na nossa vida e principalmen-te na nossa política? Ter é poder...
Novos tempos, novos shoppings, nova forma de fazer comércio. Cada vez mais seguindo a lei competitiva do capitalismo e exigindo o máximo do empreendedor. É preciso ser de circo. Mas a moçada está vindo com garra de malabaristas, mesmo que algumas vezes se estalem no chão. Afinal a corda é fina e o tombo é grande. Não é para qualquer um.
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