Na edição de segunda-feira o Correio do Estado veio com uma matéria sobre tráfico e uso de drogas em ruas centrais da nossa capital. Parabéns a todos. Acredito que, como os responsáveis não se interessam por esse assunto que é de saúde pública, e envolve também segurança e gastos de toda espécies, cabe a sociedade e a imprensa se fazer presente, para com isso tentar abrir os olhos, ou melhor, injetar “boa vontade” para um assunto tão sério.
É gritante a extensão do problema e só não vê quem não quer ver. As drogas dizimam famílias, matam jovens e estão na raiz de toda violência que presenciamos hoje em dia. Junto a um crime bárbaro sempre estão junto às drogas. Desculpem-me, mas o que essa droga de gente está esperando para tomar uma atitude contra as drogas?
Estão aí as eleições. Segundo sabemos, prometer menos impostos vai dar um “ibope” danado. Para onde vão nossos impostos? Para os mensalões da vida? Não sobra dinheiro para a saúde da população? Que tal gastar menos também com países vizinhos para sair bem na “foto” e cuidar da nossa população que infelizmente se contenta com cestas básicas? Poderíamos pedir à imprensa que batesse nessa tecla de drogas para todo candidato dizer suas intenções a respeito. Mas não me iludo. Eles falam bonito instruídos pelos marqueteiros de plantão, e não cumprem nada.
Atualmente o máximo que acontece é “deslocar” usuários e traficantes de um lugar para o outro. Até a próxima reclamação. A maior baboseira a respeito aconteceu em São Paulo quando a polícia fez seu trabalho de prender os traficantes e levou os usuários para... para onde mesmo? Brincadeira...
Não temos lugares para tratar usuários. O poder público prefere fingir que não existe o problema e deixar que grande número de jovens morra nas mãos dos traficantes, ou da polícia. E aí numa comédia dantesca, “enquadra” a mãe que acorrenta o filho para não ser morto.
Não é só usuário de drogas que se encontra sem amparo. Faltam médicos e a população está se revoltando. E a corda estoura naquele médico que ainda está trabalhando, mas que daqui a pouco também vai desistir. O hospital regional Rosa Pedrossian deve fechar o andar que atendia usuários de drogas e doentes mentais. Um deles provocou incêndio e assustou bastante. Mas convenhamos que não seja o lugar ideal para cuidar desse tipo de doença. Só que se fecha um dos poucos lugares que atuava nessa patologia e não existe perspectiva de abrir nada. Onde uma mãe (digo mãe, porque são sempre elas que não desistem) pode levar um filho usuário para escapar da morte certa?
Conversando com alguém da área política perguntei por que esse descaso com um problema que envolve saúde pública, segurança, e tantos outros problemas. A resposta é que ninguém quer problema com traficante, e que fazer algo a respeito não dá voto. Vamos ter que esperar muito jovem morrer, muitos crimes bárbaros acontecerem, e a extensão do problema não poder ser mais abafado para se fazer alguma coisa. Aí então, vão criar uma SECRETARIA, ou MINISTÉRIO DAS DROGAS, aconteceram muitas obras, muito dinheiro será desviado, e muitos jovens continuaram morrendo, pois o brasileiro ainda não aprendeu que é só nosso umbigo ou barriga que importa. É preciso participação. Os problemas têm que ser preocupação de todos. Falta cidadania, falta educação, falta respeito, e sobra corrupção!
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