sábado, 12 de junho de 2010

A volta aos dois dígitos e os sonhos de concurso

Que má notícia! Voltamos a uma taxa de juros de três dígitos. Chegamos aos 10,25. E assim o Brasil vai garantindo as maiores taxas reais de juros do mundo. É mole? Dá para se empreender nesse país?

Mas infelizmente essa é a única maneira, (a mais fácil para eles) que os dirigentes da nossa política econômica colo-cam em pratica para combater a inflação a qualquer sinal de aumento. Dizem com isso tentar conter essa pequena alta na inflação que ocorreu no início do ano, e que com certeza é sazonal. Segurar gastos públicos nem se cogita. Ainda mais em ano de eleições. O que seria normal em outros países aqui nem em pensamento. Por que teriam eles que economizar? O brasi-leiro é imediatista e só reclama um pouco quando falta a grana da cerveja e do cigarro. Quem resolve votar, ou não votar em alguém, pela sua proposta econômica, ambiental, pelo seu programa de governo?Falta muito para chegarmos lá. Pagamos esses juros e impostos acharcantes tal quais uns cordeirinhos. E não aparece nenhum Tiradentes para se opor e muito menos servir como BOI de Piranha. Com esses juros, com esses impostos, com a burocracia que impera em tudo, com a falta de infra- estrutura, com a mão de obra completamente desprepa-rada, nossos produtos ficam inviáveis. E cada empreender passa ser um Herói. Afinal não é atoa que todo jovem sonha em passar num concurso público e viver o resto da vida tranqüilo, sem pensar em impostos, juros, falta de mão de obra especiali-zada, encargos trabalhistas, etc, atc... Concursado, ele pode aproveitar e estender todos os feriados. Caiam eles, no come-ço, no meio, ou no final da semana. Alguns têm mais que uma féria por ano. Já o empreender... Sei de gente que não tem di-reito nem a ficar doente. Ainda mais nos tempos que vivemos em que uma consulta com plano de saúde chega a levar dois meses para ser agendada, e quando chega, se espera uma manhã inteira para ser atendida. E então vamos estudar para concurso?

Outra opção seria entrar para o mercado informal. Não demora muito e os que carregam esse país vão se dar conta que melhor que concurso, só entrando para economia informal. Existem segmentos faturando horrores, e tudo sem o menor problema fiscal. Aqui, em nosso Estado para se montar algo precisamos pensar: 1) Procurar um bom produto. 2) Um bom ponto. 3) Que tenha um preço competitivo. 4) Que o produto não tenha similar em Ponta Porã. 5) Que o produto seja de fácil transporte para fugir dos impostos impagáveis. 6) Nada como a prestação de serviços para isso. Alguém duvida?

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