sábado, 18 de setembro de 2010

O Alvo Perfeito!

Em tempos de eleições (regadas a muitos escândalos - que sabemos mostrar na verdade apenas 0,0001% das falcatruas que acontecem na administração pública desse país, em todas as esferas, e em todas as cores partidárias, todas, por sua vez, regadas com o suor de nossos impostos, que infelizmente vão parar em bolsos, meias, e cuecas não autorizadas) me ponho a pensar o que passa na cabeça da maioria dos brasileiros. O que leva um cidadão a admirar aquele que pratica desvio de dinheiro em seu próprio benefício, chegando a roubar da merenda escolar, dos postos de saúde, pagar mal a médicos e deixar a população desamparada, e assim por diante? Talvez pessoas especializadas consigam explicar esse fenômeno da cultura brasileira. Digo isso porque já notei mais respeito pelo que rouba, do que por aquele que consegue vencer com o suor do seu trabalho. Em muitos se nota a admiração pelo transgressor e se algo lhe acontece (muito raramente) isso os deixa muito decepcionados. Os especialistas comportamentais talvez nos expliquem que isso se deve à nossa colonização. Portugal já não era flor que se cheirasse, e, no início, mandou muita gente das prisões para povoar a Terra de Santa Cruz. Será por aí? De uma coisa tenho certeza: o esperto, safado, bem sucedido, é idolatrado por muitos. E cada vez está pior. Afinal, o malandro tem a seu favor todas as “nuances” da lei. E, obviamente, com a malandragem ele já conseguiu grana, o que sempre vai lhe proporcionar um excelente advogado, que simplesmente só tem que procurar as “brechas” nas leis. E como tem! E cada vez mais eles se aprimoram. Não existe vontade política dos que lá se encontram de fazer reformas. Pelo contrário. E não é pequeno o número de marginais que hoje se lança em cargos eletivos pelo poder de manter tudo ao seu favor, e ter imunidade.

Já essa “boa vontade” não existe com o cidadão comum, sem poder político, que consegue algum sucesso. Parece que sofremos do mal da inveja, pois até podemos aceitar aquele vitorioso safado, mas suportar aquele sucesso honesto deve ser, para alguns, insuportável. Afinal para o bem sucedido malandro sempre podemos disparar a frase final: “tudo bem, está riquíssimo! Mas desse jeito até eu ficava...”

Agora vem o pior: toda essa estrutura que protege o malandro bem sucedido tem a exata contrapartida no que vence sem essas facilidades escusas. O cidadão passa a ser vitima do “olho gordo” e o principal alvo dos que usam de certas facilidades nas leis para conseguir dinheiro fácil. Afinal em muitos casos, eles nada têm a perder. Existe, felizmente, justiça gratuita para os que são explorados, mas, também, para muitos mal intencionados. E aí fica para aquele cujo pecado é atrair a inveja e cobiça alheia o azar de ter que constituir e pagar advogado. Mesmo que vença, já gastou tempo e dinheiro, além do aborrecimento de ser acusado injustamente. Nada acontece a esses piratas da justiça! Criam e inventam um monte de absurdos que o pobre coitado tem que se virar para provar o contrário. Principalmente na área trabalhista onde, ao contrário de tudo no direito, o ônus da prova é do acusado.

Determinadas pessoas são vitimas freqüentes dos que assim procedem. Mulher então nem se fala. Todos os mal intencionados “ADORAM” uma mulher batalhadora e bem sucedida. Acham um “prato cheio”. Ou mesmo um ALVO PERFEITO. Portanto mulheres que vão à luta, arregaçam as mangas, e conseguem o sucesso, cuidado! Vocês são os Alvos Perfeitos!

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