Tirando alguns segmentos, como os prestadores de serviços que lidam com a aparência, em especial a feminina, cirurgia plástica, a construção civil, alimentação,eventos, deco-ração, e mais um ou outro que tem sua oscilação conforme a época do ano, de maneira geral o comércio não está lá essas coisas, e vem se descapitalizando a olhos vistos.
Essa forma absurda de cobrança de impostos vai aos poucos minando os pequenos empreendedores e fazendo com que somente os grandes sobrevivam cada vez maiores e mais fortes. Começamos a pagar impostos assim que a mercadoria chega à transportadora, numa brincadeira de mau gosto que não espera sua circulação. Deveriam mudar e nome, pois de IMPOSTO DE CIRCULAÇÃO de MERCADORIA ele não tem nada. E num ritual macabro, aquele que já se encontra descapitalizado e deixa de pagar, consegue quebrar rapidinho, pois não pagando, não recebe a mercadoria, e não recebendo fica sem poder vender, continuando com as despesas fixas e sem ter como honrar seus compromissos. Muitas vezes perde a mercadoria que acaba indo a leilão, pois não conseguiu pagar o imposto antecipado. Se correr o bicho pega... Se ficar, o LEÃO come!
São épocas difíceis para o pequeno empresário, engessado entre os impostos, os altos custos dos aluguéis, dificuldade de mão de obra, muita concorrência desleal, franquias espertas, e shoppings ávidos de lucros em mão única.
Como se isso não bastasse, grande parte dos consumidores prefere comprar no país vizinho, sem garantias, sem dividir em tantas vezes, sem mesmo fazer pesquisa, pois muitos produtos estão com mesmo preço e ás vezes até mais caro que na nossa capital. Isso leva nossas divisas e nossos empregos. Já na capital de MT, ocorre o inverso. Todo o Norte do País, “desce” para consumir em Cuiabá, e quem tem franquia, sabe da diferença dos resultados das lojas daqui, em comparação com a nossa antiga capital. Que inveja!
Como se já não bastassem todas essas dificuldades, os comerciantes estabelecidos no shopping Campo Grande se encontram “engessados” pela prefeitura e pelas obras de ampliação do shopping. Pergunto: algum deles está preocupado com quem está lá dentro batalhando? Passamos o Natal desse jeito, e assim continua. Não somos eleitores?Não somos filhos de Deus? Ninguém se interessa por nós? O shopping que deverá lucrar tanto com as novas lojas, não deveria dar alguma compensação a seus lojistas? Tem que ser assim a sangue frio e sem gemido?Nem na nota de condomínio vem algum alívio? Não somos obrigados a arcar com os prejuízos. Foi toda uma ala de estacionamento e ninguém se preocupa com os lojistas? E a prefeitura, não vai nos recompensar por todo o transtorno que nos vem causando? Nem uma maneirada no IPTU, meu amigo prefeito? Bem que merecemos.
Bem se nos tratam assim, é porque não sabemos exigir, ficamos esperando que “alguém” faça alguma coisa, e ESSE alguém... sumiu!
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