sábado, 5 de novembro de 2011

Nem uma coisa nem outra...

Não sou socialista, não sou capitalista, nem muito menos comunista. Já achei na juventude que poderia mudar o mundo, e em plena época de ditadura tive minhas cartas censuradas (aquela época se escreviam cartas), mais em razão do pai dos meus filhos que estudava em São Paulo e participava do movimento estudantil, do que por alguma participação minha, pois feliz ou infelizmente, morava em Corumbá e tinha um pai maravilhoso, mas vigilante quanto as suas filhas. . Aquela época a imprensa ainda era discreta nas coisas que publicava, ou os homens do colarinho branco é que foram se aprimorando e tornando tudo impublicável... Acho que a MELHOR das idéias implantada por um MAU individuo é pior que uma MÁ idéia implantada por gente DECENTE. Na falta de melhor opção hoje sou apenas democrata, por absoluta forma mais justa de se relacionar com o poder. E a democracia apesar das boas intenções permite muitas desigualdades. A democracia sofre e faz sofrer. Não consegue ser justa porque infelizmente nossos governantes, na sua grande maioria são eleitos pelo poder econômico, e isso os deixa vulneráveis na hora de ter que tomar decisões visando o bem da maioria. A opção será sempre pela empresa poderosa que o financiou e nunca pelo cidadão comum que batalha e paga seus impostos. Eles sabem que na próxima eleição o povo já esqueceu e poderá contar novamente com o financiamento dos poderosos exigentes que o ajudarão a comprar os votos necessários. Cada vez mais o poder econômico decide tudo, pois através dele e da imprensa, criam factóides e imagens que não condizem com a realidade e acabam por eleger muita gente despreparada e corrupta.


Na época de FHC, quando foram feitas as privatizações necessárias e generalizadas, muito bati contra, não pela privatização em si, mas pela falta de regulamentação ao se entregar o país às multinacionais. Foi ótimo: temos uma telefonia que jamais teríamos, e um progresso em todas as áreas graças à chegada das multinacionais. Mas, precisava se jogar o país sem defesa para essas feras do capitalismo selvagem? Já passamos o pão que o diabo amassou, sem defesa contra essas poderosas e gigantes multinacionais... É só ver as campeãs de reclamação nos PROCON em todo o Brasil. Cartões de crédito, operadoras de telefonia, energia, abastecimento de água e assim por diante, sem falar das famosas empreiteiras muitas vezes criadas por eles mesmos, que tanto atuam na corrupção. Já ouvi historias contando como o poder do petróleo fez desaparecer nossas ferrovias tão necessárias ao nosso país devido sua grande extensão territorial. O lobby do petróleo sempre foi e continua sendo feroz. Com isso se instalou uma corrupção sem precedentes. Existe força mais poderosa que o petróleo? Por causa dele se invadem países, inventam armas de contaminação em massa como desculpa, e o Ocidente acredita em tudo sem se dar conta da força e poder dessa riqueza que infelizmente trás atraso e dor aos países onde o ouro negro se encontra.


Nosso País e nosso Estado estão sendo alvo da chegada de uma infinidade de empresas multinacionais. Isso em todas as áreas. O cidadão comum nem imagina como muita coisa já deixou de ser brasileira. Só aqui no nosso estado fazendas, usinas, laboratórios médicos, enfim uma infinidade de setores está em mãos não brasileiras. Isso me assusta. Não porque seja contra. Mas sim porque sei da nossa falta de proteção, de regulamentação, de seriedade com a coisa publica...


Hoje pela manhã ao entrar na internet me deparei com a “GRANDE NOTÍCIA” que os bancos iram criar um cartão pré-pago. Ótimo, uma facilidade a mais, para quem não possui cartão ou crédito para fazer compras a prazo. Só que não é bem assim. Não acreditei no que li. Fiquei boquiaberta com as taxas que irão cobrar para você usar seu próprio dinheiro! Isso sem falar no capital que vão levantar gratuitamente. Eles conseguem se superar... É por essa e por outras que a ideologia sozinha não resolve. Torna-se necessário criarmos cidadãos decentes.

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