sábado, 25 de fevereiro de 2012

Negócios da China? Do Peru? Da Tailândia? Do Paquistão?

Estamos atravessando uma fase de mudanças sem precedentes na forma de fazer comércio. Melhor dizendo... Tudo acontece muito depressa atualmente. Na era da informação não poderia ser diferente. Sabíamos que isso aconteceria, mas não tão rápido. Tudo mudou. E alguns que não se atualizam constantemente, acreditam que algo estranho esteja acontecendo, sem entender bem o que seja.



Somos um satélite americano. Tudo que lá acontece, não demora e acontece igualzinho por aqui. E não é diferente na arte do comércio. Falo arte, porque como um artista a pessoa já nasce com o dom. Ele será sempre um comerciante. Já se tornar maior ou menor vai depender de uma serie de fatores. Hoje mais do que nunca acontece uma atualização doentia de tudo na área, e é grande a procura pelo aprimoramento nos cursos. A competição é acirrada. A perigosa mania dos mais velhos e dos mais vaidosos acharem que já sabem tudo vem sendo fatal... Nessa como em outras profissões, o individuo que acredita que sabe, já “morreu”...



Como comecei a dizer, a vida americana se reflete tanto nos costumes, nas relações, e nas profissões. Há muito tempo sabemos que só iriam sobrar (como lá acontece), as grandes marcas que hoje terceirizam tudo nos países como China e Peru. Tudo é feito fora, por preços inacreditáveis (muito baixos) e vendidos aqui com uma margem lucro que chega a alcançar até 500%. Eles conseguem então pagar todos os impostos e ter muito lucro. Isso além de detonar com a indústria nacional acaba com as pequenas empresas, que estão à míngua.



Tempos atrás essas grandes marcas (cujo diferencial se encontra na publicidade) faziam mistério dos fornecedores. Hoje, tudo é feito e enviado diretamente dos que terceirizam ao lojista. Muitas vezes usando crianças e trabalho escravo. Tudo pelo lucro. A marca entra com a venda da mercadoria terceirizada e com a cobrança dos Royalties, na faixa de 15 % quando chega à mercadoria, ou 6% quando é vendida. Entre outras atribuições o lojista é obrigado, todo mês, a pagar a passagem de ida e volta além da estadia, de um “supervisor” que vem conferir se as coisas estão a contento deles.



Não são poucas as grandes franquias que usam lojistas de multimarcas para testar o produto em determinada praça e quando essa se encontra consolidada abrem uma franquia própria... Nunca perdem. Se sobram mercadorias para as marcas, eles enviam sem mais essa ou aquela os produtos encalhados para os franqueados. E no caso de recusa ameaçam cortar a marca ou parar de fornecer. O lojista apavorado com o que já investiu, aceita a situação até quanto pode. Ou entrega a franquia para marca. Por isso a grande maioria do comercio vai ser constituído por lojas próprias das marcas. Só elas estão conseguindo com seu poderio econômico, sobreviver nesse país de impostos acharcantes. Não é interessante esse monopólio e domínio. A pequena empresa é importante para o país. Gera empregos. Funciona como uma incubadora. A Alemanha conseguiu superar a ruína da ultima guerra com a força de suas pequenas empresas.
Está cada vez mais difícil para um franqueado sobreviver. Principalmente com as marcas dirigidas ao publico jovem. Essa faixa etária é a mais sensível a propaganda e precisa fazer parte de “uma tribo” para se sentir aceito. Marketing é tudo!



Pelo menos por enquanto não existe muita chance para o pequeno comércio no Brasil. Imaginem isso num país que só falta cobrar do pequeno empresário o ar que respira. Parece que alguém fica diariamente estudando o que mais pode ser cobrado para acabar com a indústria e o comércio nacional. A minha curiosidade é saber quem sustentará essa maquina inchada e com tanta corrupção. Sim porque quanto mais corrupção, mais impostos são criados.



Mas acaba de aparecer uma luz no fim do túnel. O projeto da Ficha Limpa foi aprovado. E se Deus permitir e os cidadãos brasileiros não desistirem da luta, esse país realmente passará a ser o melhor lugar do mundo. Sem que os pais vejam no futuro dos filhos, apenas “estudar para um concurso”! Não que isso não tenha valor. Mas o futuro desse país não pode ser apenas isso. Precisamos de empreendedores. Precisamos dar condições aos jovens que querem crescer e fazer crescer esse país. Não podemos permitir que algumas centenas de homens e mulheres que se julgam acima de todos, ditem as leis e os rumos desse nosso imenso Brasil. Que merece coisa melhor! E pode fazer tudo muito melhor! Desde que sejam dadas reais oportunidades.

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