sábado, 12 de maio de 2012

Nem tudo é azul!

O mundo começou a se dar conta de algo que (tenho certeza) não tem nada de novo. Novo mesmo só o fato de hoje haver diagnóstico e tratamento. Como muitas doenças que na maioria das vezes não deixavam grandes sequelas, o AUTISMO esteve e é presente em muitos lares em todo mundo. Aquele garoto fechado que não gostava de muita conversa e costumava receber o rotulo de “esquisito”, às vezes conseguia se tornar mais sociável, e interagir com amigos e familiares. Mas tudo mudou. Ao primeiro sinal, que geralmente corresponde a falta de olhar nos olhos das pessoas, e o desinteresse pela maioria das coisas e pessoas que estão a sua volta, abre-se o sinal de alarme. Ele pode ser autista.


Não existem exames para comprovar. O diagnóstico é totalmente clínico. E na maioria das vezes encontra resistência por parte da família. Preconceito como sempre existe. Uma doença tão antiga, hoje possível de tratamento se caracteriza pelo total desinteresse das coisas que não lhe chamem a atenção. Se ele gosta de algo, faz isso com perfeição. Afinal ele só se concentra no que interessa.

Hoje existem lugares e clinicas que conseguem tratar e deixar completamente inseridos grande parte dos autistas. Claro que isso vai depender do grau do desvio evasivo comportamental que ele tenha. É complicado porque geralmente são pessoas bem inteligentes. Para maioria de nós é difícil como uma criança que faz “quebra cabeças” tão complicados podem ter dificuldades em interagir. Outra coisa: eles não copiam os outros, o que traz um grande problema, pois a criança aprende copiando o que lhes são próximos.

Parece que o fato deles se isolarem do mundo e só se focar no que lhes interessa possa ser motivo de grandes gênios possuidores de autismo. Bill Gates, o detentor da revolucionária Microsoft não gosta do contato “olho a olho”, e balança as pernas cadenciadamente nas reuniões. Albert Einstein também segundo os especialistas era autista. Assim como Mozart e Charles Darwin. O maior jogador de futebol da atualidade, o argentino “Messi” foi considerado autista aos 8 anos e aos 11 anos teve um problema hormonal que retardava seu crescimento ósseo. Um valente nos campos e na vida.

Acredita-se que atualmente exista uma média de um autista para cada 150 pessoas. Mas muitos acreditam ser bem mais, pois o preconceito que ainda são vitimas as crianças portadoras esconde a realidade. Esse transtorno não escolhe raça mais tem preferência por sexo. A grande maioria dos autistas são meninos. Costuma-se ouvir que a média é de uma menina para quatro meninos. Mas infelizmente quando acontece com o sexo feminino o transtorno vem sempre mais grave.

O mundo entrou numa campanha pelos direitos dos autistas celebrando o seu dia, e tendo a cor azul como símbolo.

Temos que reconhecer que nossos problemas são tão grandes indo desde o problema das drogas que ceifam a vida de tantos brasileiros e trazem tanto sofrimento para as famílias a muitos outros. . É droga, é autismo, é câncer de seio, é a violência, o transito que mata, e a corrupção que não permite que essas pessoas que sofrem possam ter tratamento digno.

Portanto se não for possível ajudar (o que, aliás, seria muito bom), pelo menos não sejamos preconceituosos, e muito menos chamemos de “retardada” uma criança autista. Sendo tratada ela poderá ser um Bill Gates, um Messi, um Darwin, ou até um Albert Einstein. Afinal inteligência e foco eles tem até demais. Vale a pena dar uma força.

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