sábado, 16 de outubro de 2010

Brasileiro: um forte!

Não tem jeito. Como a grande massa é imediatista e não consegue enxergar nossas reais necessidades, e nossos maiores problemas, as eleições acabam se polarizando em torno de assuntos que não irão influir realmente na vida do brasileiro. Eleições vão e vem e quem se preocupa com a maior de todas as reformas? Alguém falou em Reforma tributária? E o pior: se falar ninguém acredita. Lula teve tudo para fazer essa reforma. Sua popularidade poderia ser usada pelo bem do Brasil e dos brasileiros. Mas os governos, independentemente das siglas e dos homens, sempre querem arrecadar mais. E Lula não foi diferente nisso.

Temos atualmente 74 tributos. É mole? E o pior: pesa mais para quem tem menos. Isso porque a maior parte da carga tributária incide sobre o consumo e produtos. Dois exemplos: Pagamos 48% de impostos na conta de energia, e 46,17% nas contas de telefone. Com isso quem ganha dois salários mínimos acaba pagando proporcionalmente o dobro de quem ganha 30 salários mínimos. É justo? Por que essa aberração?

No Brasil o slogan de cada governo que entra parece ser ”Governar é criar impostos”! Claro, assim tudo fica facílimo. Pode parecer mentira, mas de 1988 a 2008, foram editadas 3milhões e 700 mil medidas tributárias no Brasil. Dá uma média de 766 por dia!

Fossem só os impostos, ainda dava para ter uma pequena esperança. Mas, e os gastos públicos?Quem toca nisso durante as eleições? Não se fala da dívida de 42% do PIB e o gasto de 6% desse mesmo PIB que o governo gasta pagando juros. Os gastos do governo crescem mais que a produção. Sem falar em muitos gastos desnecessários. Como na imensa maquina que aumentou desproporcionalmente de tamanho. Quem vai arcar com o ajuste econômico? Sim porque mantendo esse grau de despesas, ou se aumentam os impostos, ou aumenta-se o déficit. Com todas as suas conseqüências.

O brasileiro é realmente um forte! Viver e prosperar com essa carga tributária e com os juros que estamos pagando há tanto tempo não é para qualquer um. E o que dói: Saber que a maioria que abocanha de tempos em tempos o poder, além de não dar o retorno a tudo que pagamos, e temos todo o direito, ainda conseguem criar antros de corrupção com o dinheiro que tanto suamos para ganhar.

A sociedade precisa acordar. Fizemos isso com a CPMF e provamos que o governo não precisava de mais daquele imposto. Cabrito bom é aquele que berra. E nós precisamos aprender a berrar. E não só pensar em aproveitar o próximo feriado e deixar essa responsabilidade para outros. Temos que participar. Temos que exigir!

Desonerar a produção, diminuindo a carga tributária como se fez quando se quis vender mais carros, e a linha branca, é algo que precisa ser feito imediatamente. Impostos absurdos, injustos e que muito pouco retornam ao cidadão. Não agüento ouvir político dizendo que construiu isso ou aquilo. Quem construiu foi o povo gerando riqueza para que isso fosse possível. Eles, que se acham deuses, são apenas administradores muito bem pagos, e que dificilmente teriam sucesso na administração privada. Sim porque, não existe essa de inventar imposto para pagar rombo de má administração. E muito menos dinheiro a fundo perdido. E muito menos usar precatórias que nunca querem pagar.

Mas o que fazer se ainda votamos naquele fulaninho porque seus olhos são azuis, porque é tão simpático, porque tem um ótimo marqueteiro, porque era amigo do meu avô, porque ficou de arrumar um emprego para minha tia, ou porque vai comprar o meu voto. O brasileiro precisa parar de vender tão barato o seu voto. Essa ciranda precisa acabar. Brincamos de votar, e eles brincam de administrar. Temos tudo. Somos fortes. Somos um povo empreendedor. Só falta aprender a votar. A gente chega lá!

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