Graças à crise mundial e aos altos juros praticados no Brasil, o mundo inteiro se voltou para cá, com a mesma intenção. Onde o rico dinheirinho poderia render mais? Claro, na terra feliz do carnaval. Junto aos juros mais altos do planeta temos uma economia mal regulamentada onde o grande capital tudo pode. Não precisa ir longe. É só ver o que os cartões de crédito lucram no nosso país, onde o lobby é imenso, e os ganhos exorbitantes com aos altos juros do dinheiro que aqui aporta são assustadores. Os cartões cobram nos Estados Unidos 6%ao ANO!!! Já VIRAM O QUE COBRAM AQUI AO MÊS? Alguém leva alguma coisa para permitir isso? SE não levam como permitem? E o que as empresas de telefonia aprontaram e aprontam através desses anos? Bancos então nem se fala. Brigar com eles é uma tarefa difícil... Outro exemplo diz respeito aos shoppings que estão sendo montados a todo vapor! Não é por acaso que os americanos estão comprando todos os shoppings no Brasil. Você sabia que não temos nada regulamentado a esse respeito? Engavetam os projetos que cuidam da regulamentação e a turma deita e rola. Queixar a quem?Mais uma vez se fica a mercê do poder econômico. O que pode um pequeno lojista contra uma grande multinacional da área?
Nosso modelo político privilegia o grande poder econômico que geralmente financia as eleições, e claro, espera da parceria política um bom retorno.
Essa última “história da carochinha” envolvendo o BNDES e o Carrefour é um bom exemplo disso. Por que emprestar essa fortuna para seu Abílio Diniz? E que situação estranha fica o BNDES, por sua vez financiado com o dinheiro do trabalhador, que proibido de gerir seu próprio dinheiro, vê esses empréstimos (umas verdadeiras BOLSAS para bilionários) com desalento.
A mais perversa forma de poder se realiza dando aos desafortunados que deveriam ser inseridos no mercado de trabalho através de cada vez mais cursos profissionalizantes, as BOLSAS, (muitas necessárias) de todos os gêneros e cores, que não poderão ser eternas. E para os poderosos, BOLSA BNDES. Uma verdadeira Ciranda de Bolsas. E um poder assustador.
E assim esse modelo político se transforma em um garrote que deixa a todos dependentes do poder econômico. Centralizador e poderoso. Você já viu um grande empresário criticar mesmo com as melhores das intenções qualquer governo, seja ele de que esfera for? Tanto estadual como nacional? Quem se atreve? Todos precisam portar direitinho para poder arrumar muitos empréstimos subsidiados e formar aquela “panelinha básica”. Trata-se da Bolsa grande empreiteiro, grande empresário, grande usineiro, grande ruralista, e assim por diante.
Mas feliz ou infelizmente isso não vai durar para sempre. Muitos acreditam que até a próxima Copa do Mundo essa “onda auspiciosa” vai poder se sustentar, tendo a favor também a valorização das commodities que muito tem nos ajudado. Mas a economia é muito complexa e dinâmica. Ninguém pode garantir que a qualquer hora a conjuntura mude antes do esperado. Teremos perdido então grande oportunidade de continuar crescendo sobre caminhos firmes. Isso porque não aproveitamos o bom momento para investir em infra-estrutura. O Brasil perde competitividade por causa disso. Sem falar da tristeza que já estão nossa saúde e nossa educação. Alguém precisa lembrar a segurança?
Dias atrás um cientista político declarou num programa de TV que o poder público emite 50 milhões de cheques como folha de pagamento todo mês. Se considerarmos uma família com três pessoas teremos 150 milhões recebendo todo tipo de remuneração com procedência governamental. Aí podemos fazer as contas juntando as “Bolsas” dos menos favorecidos que também são em número elevadíssimo, e teremos então o número de dependentes diretos. E dependência infelizmente gera poder a quem dá e subserviência em quem recebe. Os que restam atropelados por todo tipo de impostos, e juros, são os que precisam gerar riqueza para manter toda essa máquina. São os “burros de carga” em que se transformaram as pequenas e médias empresas rurais, industriais, e comerciais que dão muitos empregos, pagam muitos impostos, e se encontram a margem de qualquer poder. Quanto tempo você acredita que irão agüentar?
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